Espaço destinado as informações sobre Saúde e divulgação do espaço terapêutico.
ANTIDEPRESSIVOS VERSUS AUTOCONHECIMENTO
Texto e imagem retirados do blog:Nosso blog falimiliar. ( Thiago Pimentel)
Antidepressivos versus autoconhecimento.
por Waldemar Magaldi Filho
Nos últimos dias estão sendo veiculadas inúmeras matérias a respeito do lançamento de novos medicamentos que podem melhorar o nosso humor. Remédios antidepressivos capazes de nos deixar livres de qualquer tipo de vício além de propiciarem sentimentos de felicidade e paz! É evidente que em nossa sociedade, aonde a dificuldade de sobrevivência cada vez mais brutaliza e estressa o ser humano, notícias como essas são muito bem vindas.
De fato, muitas empresas farmacêuticas estão investindo pesadamente neste segmento, que é altamente rentável e atinge mais de 40% da população mundial. Porém, é importante lembrarmos que há exatamente 20 anos o lançamento da fluoxetine (princípio ativo do Prozac) provocou as mesmas reações eufóricas. Mas, infelizmente, apesar do consumo exagerado deste e de outros antidepressivos ou estabilizantes de humor de última geração, os problemas emocionais continuam crescendo e provocando muitos danos tanto relacionais quanto orgânicos.
Não podemos “terceirizar” a responsabilidade que devemos ter com a nossa felicidade. A felicidade não pode vir por meio de coisas externas, pois a verdadeira e perene felicidade só pode acontecer na jornada do autoconhecimento e do encontro de sentido e significado existencial. Nem o dinheiro pode ser instrumento para se atingir a felicidade, pois feliz é quem gosta de viver e tem fé na própria vida, independente dos percalços tristes que possam atingi-lo.
A meu ver a felicidade é o resultado da conquista das experiências de plenitude, liberdade e amor próprio. Pois só quem consegue se livrar dos desejos e das esperanças é que pode se entregar para o agora e experimentar o presente do presente, ou seja, a vida fluindo evolutivamente na amorosidade divina, apesar de todas as situações adversas. Sempre afirmo que a felicidade só pode surgir pela aquisição do autoconhecimento, que depois de alcançado jamais é perdido, pois passamos a perceber os estados de alegria ou tristeza, prazer ou dor, nascimento ou morte, como eventos transitórios, inerentes a vida e a diversidade da nossa existência.
O sentimento de plenitude surge quando podemos estar satisfeitos e desfrutar o que temos e somos, obviamente sem abrir mão dos planos e do compromisso evolutivo. O de liberdade acontece quando compreendemos que o amor jamais irá aprisionar e nos libertamos dos apegos e dos desejos egóicos, que são mundanos e muito diferente das necessidades instintivas e da vontade do Self ou chamado existencial, que dá sentido e significado para a vida. E o de amor próprio que é atingido pelo reconhecimento e cura das feridas narcísicas, onde passamos a nos compreender como seres em evolução.
O medicamento pode ser um instrumento momentâneo para quem está sofrendo e não está conseguindo se libertar dos pensamentos e emoções destrutivas. Hoje nós sabemos que existe uma estreita relação entre a emoção e a bioquímica corporal e, neste caso, a medicação pode, de fora para dentro, tentar restabelecer o equilíbrio. Porém, se não houver uma mudança no padrão de crenças e de pensamentos, o organismo vai criando resistência ao remédio e todos os sintomas reaparecem. Nesse momento é que os novos produtos, que obviamente são mais caros, substituirão os antigos e a cura, infelizmente, fica de lado, porque o tratamento fica limitado à dimensão bioquímica das emoções, deixando a subjetividade do ser.
As emoções produzem mudanças químicas, principalmente no equilíbrio dopaminégico. A dopamina é um mensageiro químico que estimula os centros cerebrais de prazer e satisfação, capaz de alterar o humor. As sinapses são as ligações que acontecem entre os neurônios, que são as células cerebrais. Quanto mais rede sináptica mais maduro e eficiente é o cérebro. As sinapses excitadoras aumentam o fluxo de substâncias químicas, como a dopamina, associada ao sentimento de euforia, enquanto as sinapses inibidoras impedem estes fluxos. Ambas são importantes para a homeostase neuropsíquica.
É importante saber que qualquer célula é uma pequena unidade de consciência que age exclusivamente dentro dos princípios de sobrevivência biológica e de sua especificidade. Com isso, cada célula aprende com as experiências de gratificação e recompensa, além de transmitir para sua descendência esse aprendizado. Então, as novas células serão muito mais capacitadas para a realidade bioquímica, equivalente ao ambiente emocional mais dominante da pessoa, com o aumento ou a ativação dos receptores da bioquímica mais disponível. O cérebro, por sua vez, é formado por células muito mais específicas para formar rede de relacionamento e informação. Desta forma, os antidepressivos são substancias que interferem quimicamente no sistema de recompensas.
O tratamento baseado exclusivamente aos aspectos físico-químicos ou comportamentais da depressão se restringirá à exterioridade adaptativa do paciente. Mas, na maioria das vezes, fica limitado da compreensão do significado emocional do sintoma, incluindo as vivências individuais, familiares, socioculturais e espirituais presentes na vida do depressivo, e o papel que essas vivencias produziram no desenvolvimento da personalidade e da cultura. Principalmente porque acredito que é por meio da atribuição de significados simbólicos aos sintomas de adoecimento que poderemos compreender a alma humana, estudar o sistema nervoso e o funcionamento dos neurotransmissores.
A Psicologia junguiana é uma abordagem psicanalítica que irá estimular o processo de elaboração simbólica, com intuito de ampliar a consciência de si mesmo, o Self, como o centro e a finalidade última de toda a atividade vital. Esse processo se dá a partir da conscientização das personas, as máscaras sociais e os personagens atuantes em cada indivíduo. Com a percepção consciente da persona imediatamente vão surgindo os aspectos sombrios e toda história evolutiva do ser e da humanidade, estruturados no quatérnio arquetípico – matriarcal, patriarcal, de alteridade e de totalidade. Esses quatro dinamismos, por sua vez, operam através da atividade criativa e centralizadora do arquétipo central.
Concluo deixando claro que depressão é sinônimo de negação de vida. Vida, por sua vez, depende das relações e das trocas. Por isso é muito importante entendermos que depressão não é sinônimo de tristeza. A tristeza é oposta da alegria e a depressão é oposta da felicidade. Uma pessoa que conquistou a felicidade, por ter encontrado um sentido e o significado da sua vida, saberá lidar tanto com os momentos de tristeza, sem cair em depressão, quanto com os de alegria, sem pender para a euforia ou mania. Ou seja, a felicidade é um estado de espírito que, depois de conquistado poderá ser perene, apesar das oscilações naturais da vida. E que a felicidade é uma conquista consciente daquele que teve a coragem de se enfrentar num processo de autoconhecimento, encarando as personas, a sombra e o inconsciente.
Nesse sentido que publiquei o livro: “Dinheiro, saúde e Sagrado”, com o intuito de promover a reflexão sobre essas situações contemporâneas que abrangem tanto a medicina quanto as religiões, facilitando o autoconhecimento e o alcance da cura que é muito mais abrangente do que a supressão dos sintomas.
WALDEMAR MAGALDI FILHO (wmagaldi@gmail.com) é psicólogo, especialista em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Homeopatia. Autor do livro: “DINHEIRO, SAÚDE E SAGRADO – interfaces culturais, econômicas e religiosas à luz da psicologia analítica”. Mestre e doutor em Ciências da Religião, que atuou tanto no meio corporativo de empresas multinacionais quanto no comércio varejista. Atualmente, atende clientes em seu consultório, apresenta palestras em empresas, coordena e ministra aulas nos cursos de Psicologia Junguiana; Psicossomática E Dependências, Abusos e compulsões na FACIS - Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo.
por Waldemar Magaldi Filho
Nos últimos dias estão sendo veiculadas inúmeras matérias a respeito do lançamento de novos medicamentos que podem melhorar o nosso humor. Remédios antidepressivos capazes de nos deixar livres de qualquer tipo de vício além de propiciarem sentimentos de felicidade e paz! É evidente que em nossa sociedade, aonde a dificuldade de sobrevivência cada vez mais brutaliza e estressa o ser humano, notícias como essas são muito bem vindas.
De fato, muitas empresas farmacêuticas estão investindo pesadamente neste segmento, que é altamente rentável e atinge mais de 40% da população mundial. Porém, é importante lembrarmos que há exatamente 20 anos o lançamento da fluoxetine (princípio ativo do Prozac) provocou as mesmas reações eufóricas. Mas, infelizmente, apesar do consumo exagerado deste e de outros antidepressivos ou estabilizantes de humor de última geração, os problemas emocionais continuam crescendo e provocando muitos danos tanto relacionais quanto orgânicos.
Não podemos “terceirizar” a responsabilidade que devemos ter com a nossa felicidade. A felicidade não pode vir por meio de coisas externas, pois a verdadeira e perene felicidade só pode acontecer na jornada do autoconhecimento e do encontro de sentido e significado existencial. Nem o dinheiro pode ser instrumento para se atingir a felicidade, pois feliz é quem gosta de viver e tem fé na própria vida, independente dos percalços tristes que possam atingi-lo.
A meu ver a felicidade é o resultado da conquista das experiências de plenitude, liberdade e amor próprio. Pois só quem consegue se livrar dos desejos e das esperanças é que pode se entregar para o agora e experimentar o presente do presente, ou seja, a vida fluindo evolutivamente na amorosidade divina, apesar de todas as situações adversas. Sempre afirmo que a felicidade só pode surgir pela aquisição do autoconhecimento, que depois de alcançado jamais é perdido, pois passamos a perceber os estados de alegria ou tristeza, prazer ou dor, nascimento ou morte, como eventos transitórios, inerentes a vida e a diversidade da nossa existência.
O sentimento de plenitude surge quando podemos estar satisfeitos e desfrutar o que temos e somos, obviamente sem abrir mão dos planos e do compromisso evolutivo. O de liberdade acontece quando compreendemos que o amor jamais irá aprisionar e nos libertamos dos apegos e dos desejos egóicos, que são mundanos e muito diferente das necessidades instintivas e da vontade do Self ou chamado existencial, que dá sentido e significado para a vida. E o de amor próprio que é atingido pelo reconhecimento e cura das feridas narcísicas, onde passamos a nos compreender como seres em evolução.
O medicamento pode ser um instrumento momentâneo para quem está sofrendo e não está conseguindo se libertar dos pensamentos e emoções destrutivas. Hoje nós sabemos que existe uma estreita relação entre a emoção e a bioquímica corporal e, neste caso, a medicação pode, de fora para dentro, tentar restabelecer o equilíbrio. Porém, se não houver uma mudança no padrão de crenças e de pensamentos, o organismo vai criando resistência ao remédio e todos os sintomas reaparecem. Nesse momento é que os novos produtos, que obviamente são mais caros, substituirão os antigos e a cura, infelizmente, fica de lado, porque o tratamento fica limitado à dimensão bioquímica das emoções, deixando a subjetividade do ser.
As emoções produzem mudanças químicas, principalmente no equilíbrio dopaminégico. A dopamina é um mensageiro químico que estimula os centros cerebrais de prazer e satisfação, capaz de alterar o humor. As sinapses são as ligações que acontecem entre os neurônios, que são as células cerebrais. Quanto mais rede sináptica mais maduro e eficiente é o cérebro. As sinapses excitadoras aumentam o fluxo de substâncias químicas, como a dopamina, associada ao sentimento de euforia, enquanto as sinapses inibidoras impedem estes fluxos. Ambas são importantes para a homeostase neuropsíquica.
É importante saber que qualquer célula é uma pequena unidade de consciência que age exclusivamente dentro dos princípios de sobrevivência biológica e de sua especificidade. Com isso, cada célula aprende com as experiências de gratificação e recompensa, além de transmitir para sua descendência esse aprendizado. Então, as novas células serão muito mais capacitadas para a realidade bioquímica, equivalente ao ambiente emocional mais dominante da pessoa, com o aumento ou a ativação dos receptores da bioquímica mais disponível. O cérebro, por sua vez, é formado por células muito mais específicas para formar rede de relacionamento e informação. Desta forma, os antidepressivos são substancias que interferem quimicamente no sistema de recompensas.
O tratamento baseado exclusivamente aos aspectos físico-químicos ou comportamentais da depressão se restringirá à exterioridade adaptativa do paciente. Mas, na maioria das vezes, fica limitado da compreensão do significado emocional do sintoma, incluindo as vivências individuais, familiares, socioculturais e espirituais presentes na vida do depressivo, e o papel que essas vivencias produziram no desenvolvimento da personalidade e da cultura. Principalmente porque acredito que é por meio da atribuição de significados simbólicos aos sintomas de adoecimento que poderemos compreender a alma humana, estudar o sistema nervoso e o funcionamento dos neurotransmissores.
A Psicologia junguiana é uma abordagem psicanalítica que irá estimular o processo de elaboração simbólica, com intuito de ampliar a consciência de si mesmo, o Self, como o centro e a finalidade última de toda a atividade vital. Esse processo se dá a partir da conscientização das personas, as máscaras sociais e os personagens atuantes em cada indivíduo. Com a percepção consciente da persona imediatamente vão surgindo os aspectos sombrios e toda história evolutiva do ser e da humanidade, estruturados no quatérnio arquetípico – matriarcal, patriarcal, de alteridade e de totalidade. Esses quatro dinamismos, por sua vez, operam através da atividade criativa e centralizadora do arquétipo central.
Concluo deixando claro que depressão é sinônimo de negação de vida. Vida, por sua vez, depende das relações e das trocas. Por isso é muito importante entendermos que depressão não é sinônimo de tristeza. A tristeza é oposta da alegria e a depressão é oposta da felicidade. Uma pessoa que conquistou a felicidade, por ter encontrado um sentido e o significado da sua vida, saberá lidar tanto com os momentos de tristeza, sem cair em depressão, quanto com os de alegria, sem pender para a euforia ou mania. Ou seja, a felicidade é um estado de espírito que, depois de conquistado poderá ser perene, apesar das oscilações naturais da vida. E que a felicidade é uma conquista consciente daquele que teve a coragem de se enfrentar num processo de autoconhecimento, encarando as personas, a sombra e o inconsciente.
Nesse sentido que publiquei o livro: “Dinheiro, saúde e Sagrado”, com o intuito de promover a reflexão sobre essas situações contemporâneas que abrangem tanto a medicina quanto as religiões, facilitando o autoconhecimento e o alcance da cura que é muito mais abrangente do que a supressão dos sintomas.
WALDEMAR MAGALDI FILHO (wmagaldi@gmail.com) é psicólogo, especialista em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Homeopatia. Autor do livro: “DINHEIRO, SAÚDE E SAGRADO – interfaces culturais, econômicas e religiosas à luz da psicologia analítica”. Mestre e doutor em Ciências da Religião, que atuou tanto no meio corporativo de empresas multinacionais quanto no comércio varejista. Atualmente, atende clientes em seu consultório, apresenta palestras em empresas, coordena e ministra aulas nos cursos de Psicologia Junguiana; Psicossomática E Dependências, Abusos e compulsões na FACIS - Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo.
Assim eu espero de Mim.
"Que sejamos doce, ao ponto que o tempo nunca amargue. Que a felicidade esteja em nós, de um jeito que a tristeza nunca estrague." (A.D.)
A DOR ATUAL NA MÍDIA
"A Terapia enquanto produção de conhecimento, no encontro entre terapeuta e cliente, é um importante aliado para o tratamento e conhecimento das dores da alma, sobretudo a dor crônica. Não há separação entre mente e corpo; o que a ciência separa, a dor une. É muito comum o médico tratar o corpo e deixar para que os fatores psicólogicos, que geralmente tem implicação na dor, sejam delegados ao trabalho do psicólogo. Mas, numa observação muito peculiar desta matéria, sobretudo pelas indicações da Dra em fornecer o conhecimento, este pode se tornar um via de acesso muito boa aos processos em jogo na dinâmica da dor e do sofrimento. Na medida que eu olho não só para esse corpo de quem fala e utilizo dos meus instrumentos para com ele, mas sim para o sujeito que fala e diz algo de si através do corpo, crio com o outro um elo simbólico de extrema importância e que pode, em alguns casos, proporcionar o alívio da dor e do sofrimento."
Comentário para introdução da matéria: Thiago Pimentel.
FOLHA DE SÃO PAULO- COTIDIANO
São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010
GILBERTO DIMENSTEIN
A blogueira da dor
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Ela queria apenas explicar, didaticamente, como é a dor crônica, um mal que afeta milhões de brasileiros
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A MÉDICA THAÍS SARON transformou a dor física na inspiração para criar um blog. Queria apenas explicar, didaticamente, os mecanismos da dor crônica, um mal que afeta milhões de brasileiros que sofrem com fortes incômodos musculares nas articulações e na cabeça.
Até então, não tinha a menor ideia sobre como se criava uma página. Acostumada aos atendimentos nos hospitais e consultórios, ela conheceu o poder da internet a tal ponto que, agora, só pensa em se reinventar como médica.
Graças à internet, ela descobriu um jeito que as pessoas pudessem, além de se informar, economizar dinheiro no tratamento -ou, em alguns casos, não gastar nada.
“Vi como posso ajudar, sem muita dificuldade, no tratamento de muita gente.”
A experiência começou quando ela fazia residência no Hospital das Clínicas, da USP (Universidade de São Paulo), em fisiatria -especialização da medicina focada na reabilitação. “Vi que gente com dores crônica sofre com a falta de informação e de compreensão.”
Thaís notou a inquietação, que rumava para a irritação, dos médicos que atendem pacientes de dores crônicas. Uma das razões: esses pacientes são, muitas vezes, difíceis.
“Com o tempo, essas pessoas se tornam psicologicamente cansadas, ansiosas, depressivas, com pouca paciência.”
O desconhecimento sobre as doenças era generalizado. “Li uma pesquisa dizendo que, quando o paciente tem informações precisas sobre as doenças, o tratamento é mais fácil e as dores diminuem.”
Para Thaís, além de fisioterapia, essas pessoas também precisam de um divã de analista.
Constatou rapidamente um problema: as informações disponíveis estavam numa linguagem inacessível aos leigos. “Foi aí que tirei a ideia de explicar num blog tudo didaticamente, de um jeito bem simples.”
Para aprimorar sua linguagem, foi procurar ajuda entre os especialistas em telemedicina da USP para poder produzir e publicar blogs. Passou a responder a perguntas dos leitores.
Para ajudá-los a tentar se recuperar sem gastar nada ou muito pouco, além dos endereços de hospitais públicos, montou uma lista de entidades, muitas delas em universidades, que oferecem fisioterapia e psicoterapia gratuitas na cidade de São Paulo. Até então não havia nenhuma lista que reunisse todos esses endereços.
Ao descobrir os encantos da comunicação e da telemedicina, Thaís resolveu pelo menos uma dor pessoal. Está convencida de que já encontrou sua tese de doutorado: o uso da internet na saúde pública.
PS – O endereço do blog da médica Thaís Saron é www.adoratual.wordpress.com.
gdimen@uol.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2010201004.htm
SEMINÁRIO: AS DORES DA ALMA
Aqui estarão presentes temas e assuntos de grande interesse na atualidades pensados e discutidos de maneira singular pela ótica junguiana
É SEU DIREITO USAR O SUS.
DIAGNOSTICO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
POSTO DE SAÚDE SÃO GONÇALO.
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente. Todos os testes são realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por ela controlados. Para comemorar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais 2011, alguns CTA receberam kit que realizam o teste rápido para diagnosticar as hepatites virais dos tipos B e C .O atendimento nesses centros é inteiramente sigiloso e oferece a quem realiza o teste a possibilidade de ser acompanhado por uma equipe de profissionais de saúde que a orientará sobre resultado final do exame, independente dele ser positivo ou negativo. Quando os resultados são positivos, os CTA são responsáveis por encaminhar as pessoas para tratamento nos serviços de referência.
CTA/SAE - São Gonçalo - Posto de Atendimento Médico - PAM Neves
Rua Prof. João Pereira Dias s/nº NevesSão Gonçalo, RJ 24425004
Telefone CTA São Gonçalo: (21) 2624 5756
Brazil
Veja no mapa:Google Maps
Cidade: São Gonçalo
Estado: Rio de Janeiro
REDES SOCIAIS ESPECIALIZADAS EM LIVROS
Conheça redes sociais especializadas em livros
Estadão Conteúdo – qua, 7 de nov de 2012
Os cariocas Viviane Lordello e Lindenberg Moreira queriam compartilhar com os amigos os livros de que gostavam quando criaram em 2009 o Skoob ("books" ao contrário), a primeira rede social brasileira destinada a leitores de livros. Desde então, encontrar outras pessoas na internet que leram os mesmos livros para trocar experiências, críticas e até recomendar outras leituras se tornou um hábito mais simples. Afinal, quando um livro é bom, há a necessidade de compartilhá-lo com o mundo. Viviane conta que o Skoob foi criado para atender um grupo de amigos que queria uma alternativa online para falar de livros. Não demorou muito para que outras pessoas com a mesma necessidade se cadastrassem. Na primeira semana, 2.500 pessoas entraram para a rede. "Foi nesse momento que percebemos que havia muita gente esperando uma rede social específica para leitores", diz ela.
Com uma interface simples, o Skoob permite ao usuário listar os livros que leu, os que está lendo e os que quer ler. Também é possível apontar os livros que foram relidos e os abandonados. Há ainda a possibilidade de publicar resenhas elaboradas, divulgar o andamento da leitura e interagir com usuários que estão lendo o mesmo livro. Para aproximar leitores que têm gostos similares, a rede social ainda permite a criação de grupos que funcionam como fóruns de discussão.
"Ler é quase sempre algo que fazemos de forma solitária. Geralmente gostamos de comentar o que estamos lendo, mas é difícil encontrar pessoas que estejam lendo o mesmo livro dentro do nosso ciclo de amizades", afirma Viviane.
O site é uma paixão para a jornalista e blogueira Juliana Oliveto, de 23 anos. Criadora do site Livros e Bolinhos, Juliana usa o Skoob desde 2009. "Gosto dele pela organização que me proporciona. Posso marcar a data em que li cada livro, por exemplo. Gosto da praticidade de reunir as informações da minha estante e para poder contar quantos livros li por ano", diz.
O Skoob não é a única ferramenta do tipo. Similar a ele, o Goodreads é o pioneiro das redes sociais literárias nos Estados Unidos. O site foi desenvolvido em 2007 pelo norte-americano Otis Chandler, que diz ter tido a ideia quando passava os olhos pela estante de livros de um amigo, procurando um livro para ler. "Percebi que quando quero uma dica de leitura recorro a um amigo e não a um desconhecido em uma lista de bestsellers", disse Chandler à reportagem. "Então pensei em criar um site para ver a estante de todos os meus amigos e descobrir o que eles acharam de todos aqueles livros."
O Goodreads também permite criar uma estante virtual, que pode ser vista por todos os amigos do usuário na rede. Os títulos podem ser divididos em prateleiras temáticas ou nas categorias "li", "lendo" ou "quero ler". Também é possível compartilhar resenhas, comentários e criar grupos de discussão.
Descobertas. Além de compartilhar experiências de leitura, ambas as redes sociais possibilitam o compartilhamento de livros. No aplicativo para iPad e iPhone, o Goodreads oferece o download gratuito de títulos que já estão em domínio público. Chandler afirma que também foi pensando no mercado de e-books que a rede foi desenvolvida. "Comprar livros é algo que está migrando para o meio online. As pessoas precisam encontrar uma maneira de descobrir livros online, o que é um desafio muito maior do que avaliar os títulos em uma estante."
Além disso, Chandler cita a publicação independente como um outro fator importante para o uso das redes sociais na descoberta de novas leituras. "Se você perguntar a uma editora ou a um autor qual é o principal problema da indústria hoje eles vão dizer que é a ‘descoberta’. O Goodreads ajuda pessoas a descobrir novos livros por meio de amigos, da comunidade e de nossa ferramenta de recomendações." Com base nas avaliações do usuário, o Goodreads cria uma seleção de títulos de gêneros, temas e autores semelhantes aos listados como favoritos.
No Skoob a descoberta vai além. O site tem um espaço exclusivo para trocar livros. Os usuários podem divulgar os livros que têm e querem trocar e aqueles que gostariam de receber. "Uso o Skoob apenas para troca de livros. Não atualizo meu perfil com frequência e nem tive tempo para montar a minha estante", diz a professora de inglês e tradutora Tatiana Feltrin, de 30 anos, que faz resenhas de livros no YouTube.
O espaço também é usado por editoras, que fazem promoções para os usuários do Skoob. Responsável por algumas das obras favoritas do público da rede social, como os livros da série Harry Potter, a editora Rocco usa a ferramenta em seu favor. Para Cíntia Borges, gerente de comunicação da empresa, as promoções fazem o livro chegar a leitores em potencial. "Alguém que deseja ler o que produzimos pode funcionar como um porta-voz informal e espontâneo de nossos livros", diz.
Cada ação promovida por uma editora tem em média 5 mil participantes interessados em uma cópia do livro, o que colabora para a divulgação do título. Os gêneros variam de autoajuda, literatura infanto-juvenil e até mesmo biografias.
Seja para compartilhar experiências, descobrir novos títulos ou conhecer novos amigos, redes sociais são importantes ferramentas nesse processo. "As pessoas não querem apenas ler, mas também compartilhar suas opiniões. E sem a internet não vejo como isso poderia acontecer", afirma Juliana Oliveto.
PARA DISCUTIR
SKOOB - Criado em 2009, tem 725 mil usuários cadastrados e permite criar uma estante virtual, compartilhar resenhas, participar de discussões e trocar livros. www.skoob.com.br;
GOODREADS - Criado em 2007, tem 11 milhões de usuários cadastrados. Permite montar estantes virtuais, compartilhar resenhas e recomendar livros aos usuários. www.goodreads.com;
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